até breve *

Não te vou escrever nenhuma dedicatória, nem quero usar nenhuma palavra por mim antes dita, porque sinceramente á pouco tempo partiste, e todos os dias que passam desde esse infeliz dia cada vez se vai mais um bocado mais de mim. Primeiro não quis acreditar, não eras a minha vida, nem era por ti que vivia, mas alguns dos meus dias foram passados contigo, em segundo, quando consegui cair na realidade , desejei que voltasses, egoísta , eu sei, mas desejei com tudo o que tinha, tudo o que segurava comigo, desejei ter-te ali, nem que fosse para te voltar a dar o bolo á boca, ou fosse para te segurar nos momentos em que as lágrimas e os gritos de ti não conseguiam parar de sair. Eu acredito do fundo do coração que estás melhor aí, não sofres, e quando nos vês sofrer fazes amenizar a dor que teima em não passar. E por favor, se me estás a ler, a ouvir ou a ver, cada vez que eu fechar os olhos , aparece nos meus sonhos, e indica-me o caminho melhor. E se for muito o que te peço, hoje aqui sentada a escrever com a tua fotografia em frente, pelo menos cumpre com a promessa de nunca nos deixar de vez.

05-05-1926/18-05-2011
e a tatuagem do meu pulso, passa a ser por ti também *