volta!

Deparei-me por breves instantes com as recordações do passado, do cheiro fresco da relva de manhã quando me levantava já apressada e tu me esperavas á porta, com o teu perfume que sismava em entranhar-se de uma forma esquesita em mim durante o resto do dia, quer estivesse contigo ou não. Essas saudades foram aumentando á medida da nossa conversa durante aqueles quarenta minutos na outra noite, e durante o resto inteiro da noite onde pudeste assistir que realmente ainda estavas em mim como mais ninguém tinha ficado mesmo passado quatro anos, as lagrimas cairam, as recordações voltaram e o teu conforto, o teu cheiro voltou, vimos o sol nascer e fui para casa com o medo de acordar e aquilo não passar de um sonho, bom, mas um simples sonho.
Hoje deparo-me com as recordações de uma pessoa diferente, o sentimento de indiferença que me mostras faz-me querer ainda mais que voltes a vida de antes, á nossa vida, onde mais nada importava, e tal como me disseste, nada mais á volta existia. Parece que tens uma caixa de gelo que teima em não derreter e que me afasta por me quereres proteger da vida que levas agora. Espero que voltes, eu estou aqui.