25 de maio de 2009

acabou, boa sorte.




Tinha prometido a mim mesma que não me iria abaixo quando soubesse que tinhas outra pessoa. Vi esse dia diante dos meus olhos inúmeras vezes, e em todas elas tinha a certeza que não me deixaria abater por uma realidade previsível que imaginei tão próxima quanto a rapidez com que passam os dias desde que nos afastámos. Defendia-me com o desejo de te ver feliz, e de sentir que alguém te dava aquilo que eu não fui capaz de dar, e isso bastava para controlar as emoções que hoje sinto.
É sempre mais fácil imaginar hipocritamente que vou ser forte, e que consigo viver com o facto de existir alguém que te dá mais e melhor do que eu alguma vez consegui, mas quando da imaginação salto para a realidade nua e crua, sei que é impossível fingir que nada me afecta, que te ver feliz com outra pessoa me passa ao lado, que estou feliz só por saber que estás feliz. Não é assim tão simples.
Neste momento sei que o melhor para mim é afastar-me de vez, definitivamente, e lutar decidida a viver sem te ter presente todos os dias no meu pensamento, e acima de tudo, sem ter que viver com o facto de que existe alguém a ocupar um lugar que já foi meu.
Mas, é difícil esquecer tudo o que se sabe que vai mesmo ficar.
Foste uma parte de mim, existias em mim como aquilo que se precisa para poder sonhar mais alto, deste-me a mão e eu só queria que ficasses por perto, e não posso deixar de dizer que gostei muito de ti, muito mesmo (e gosto), tudo o que sonhei foi verdadeiro, tudo o que quis foi sincero, tudo o que te dei não te pedi de volta...
dei porque gostei de ti, só isso.
Em mim ficará sempre um vazio, o vazio que tu deixaste. Deixaste-me aqui, apresentaste-me a solidão e fizeste dela a tua substituta.
Ainda não consegui apagar de vez as marcas deixadas no meu coração, mas, finalmente percebi, que estas marcas foram causadas por pessoas que hoje não merecem uma lágrima sequer dos meus olhos.
Sei que vai ser difícil aguentar a tua ausência, mas também sei, ou acho saber, que por isto ou por aquilo, jamais seremos "apenas nós", por isso, ainda que fique triste e infeliz, digo que é melhor assim.
Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer definitivamente o coração.

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